Exame oftalmológico por idade
- Dra. Alléxya Affonso

- 21 de jul.
- 3 min de leitura

A saúde dos olhos muda com o tempo — e o que precisamos cuidar aos 20 anos é diferente do que precisamos observar aos 60 ou 80. Por isso, o acompanhamento oftalmológico deve ser feito de forma contínua e adaptada à sua fase de vida.
Se você chegou até aqui buscando por “com que frequência devo fazer exame de vista”, “exames oftalmológicos por idade” ou “cuidados com a visão em cada fase da vida”, este conteúdo é para você.
Aos 20 anos: prevenção e detecção precoce
Essa é a fase em que a maioria das pessoas não apresenta sintomas visuais e acredita que está tudo bem. Mas mesmo sem queixas, é importante realizar exames oftalmológicos preventivos anuais.
O que deve ser avaliado:
Acuidade visual (teste de visão)
Refração (grau dos olhos)
Fundo de olho (para identificar alterações precoces)
Pressão intraocular (screening para glaucoma)
Córnea e cristalino
Cuidados extras:
Uso correto de óculos ou lentes de contato
Proteção contra luz azul (em usuários intensos de telas)
Prevenção contra lesões oculares em esportes ou no trabalho
Uso de óculos escuros com proteção UV
Importante para quem usa computador ou celular por muitas horas: atenção à fadiga visual digital e ao olho seco.
Aos 40 anos: começa a vista cansada
Aos 40 anos, o envelhecimento natural do cristalino inicia um processo chamado presbiopia, também conhecido como “vista cansada”. A leitura de perto fica mais difícil, e os braços “parecem curtos demais” para o celular ou livro.
O que avaliar nessa fase:
Presbiopia (necessidade de óculos para perto)
Pressão intraocular
Fundo de olho e mácula (avaliação da retina)
Lentes intraoculares e início de opacidades (catarata inicial)
Cuidados:
Uso de óculos específicos para leitura, computador ou multifocais
Atenção a histórico familiar de glaucoma ou doenças da retina
Acompanhamento anual, mesmo sem sintomas visuais
Nesta fase, consultas anuais com o oftalmologista se tornam essenciais para rastrear doenças silenciosas que podem causar perda visual irreversível.
Aos 60 anos: prevenção de doenças oculares relacionadas à idade
Com o envelhecimento, aumenta o risco de doenças degenerativas dos olhos — muitas vezes assintomáticas no início. Por isso, o exame oftalmológico deve ser anual ou semestral, conforme o histórico individual.
Doenças mais comuns após os 60:
Catarata (opacificação do cristalino)
Glaucoma (aumento da pressão intraocular)
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)
Retinopatia diabética (em pacientes com diabetes)
Descolamento de retina
Diagnóstico precoce é fundamental para preservar a visão. Muitas dessas doenças são tratáveis se detectadas a tempo.
Aos 80 anos: cuidado redobrado com a visão e segurança
Nessa etapa da vida, a visão impacta diretamente na qualidade de vida, mobilidade e prevenção de quedas. Além do acompanhamento regular, pode haver necessidade de adaptações visuais e reabilitação.
Foco da avaliação oftalmológica:
Avaliação de visão funcional (leitura, mobilidade, contraste)
Monitoramento de doenças pré-existentes (como catarata ou glaucoma)
Avaliação de necessidade de cirurgias ou auxílios ópticos (como lupas)
Reabilitação visual, quando necessária
A oftalmologia nessa fase deve estar integrada ao cuidado geral do idoso, ajudando a manter autonomia e segurança.
Conclusão: cuidar da visão é cuidar de cada fase da sua vida
A visão muda ao longo da vida — e os cuidados com os olhos também. O exame oftalmológico não deve ser feito apenas quando surgem sintomas, mas como parte da sua rotina de saúde preventiva.
Cada fase tem suas particularidades, mas o objetivo é sempre o mesmo: preservar sua visão com qualidade, conforto e segurança.




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