Julho Turquesa
- Dra. Alléxya Affonso
- 25 de jul.
- 3 min de leitura
Você sofre com ardência nos olhos, sensação de areia, coceira ou olhos vermelhos ao final do dia? Esses sintomas, muitas vezes ignorados, podem indicar a síndrome do olho seco, uma condição ocular cada vez mais comum na era digital.

O mês de julho é conhecido como Julho Turquesa, dedicado à conscientização sobre o olho seco, reforçando a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para evitar complicações na saúde ocular.
O que é a síndrome do olho seco?
A síndrome do olho seco é um distúrbio na produção ou na qualidade da lágrima, que resulta em ressecamento ocular, inflamação e instabilidade da superfície dos olhos. Ela pode afetar pessoas de todas as idades e impactar diretamente a qualidade de vida e a visão.
Existem dois tipos principais:
Olho seco evaporativo: quando a lágrima evapora rapidamente, geralmente por disfunção das glândulas de Meibômio.
Olho seco por baixa produção: quando o organismo produz menos lágrima do que o necessário para manter os olhos lubrificados.
Sintomas mais comuns do olho seco
Os sinais de olho seco podem variar, mas os mais comuns incluem:
Ardência, coceira ou olhos vermelhos
Sensação de areia ou corpo estranho
Visão embaçada que melhora ao piscar
Lacrimejamento excessivo (reflexo ao ressecamento)
Sensibilidade à luz (fotofobia)
Cansaço visual, especialmente após usar telas
Se você apresenta algum desses sintomas, pode estar com síndrome do olho seco, procure um oftalmologista para avaliação.
Causas e fatores de risco do olho seco
O olho seco pode ser desencadeado ou agravado por uma série de fatores:
Uso excessivo de telas (computador, celular, TV)
Ambientes com ar-condicionado ou pouca umidade
Uso prolongado de lentes de contato
Envelhecimento e alterações hormonais (menopausa)
Doenças autoimunes, como síndrome de Sjögren
Pós-operatório de cirurgia refrativa (LASIK, PRK)
Uso de colírios sem prescrição ou medicamentos como antidepressivos e antialérgicos
Diagnóstico da síndrome do olho seco
O diagnóstico deve ser feito por um oftalmologista, que poderá solicitar:
Avaliação clínica dos sintomas
Teste de ruptura do filme lacrimal (BUT)
Teste de Schirmer (medição da produção lacrimal)
Meibografia (imagem das glândulas de Meibômio)
Testes de coloração ocular com fluoresceína
Quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento.
Tratamento para olho seco
O tratamento do olho seco é individualizado e depende da causa e gravidade do quadro. As opções incluem:
Colírios lubrificantes (lágrimas artificiais)
Pomadas e géis para uso noturno
Higiene palpebral com produtos específicos
Compressas mornas para estimular as glândulas
Suplementação com ômega-3
Evitar ambientes secos e reduzir exposição às telas
Tratamentos avançados: luz pulsada, oclusão de pontos lacrimais, terapias térmicas
Como prevenir o olho seco no dia a dia
Você pode adotar hábitos simples para evitar ou reduzir os sintomas da síndrome do olho seco:
Piscar com mais frequência durante o uso de telas
Fazer pausas visuais (regra 20-20-20: a cada 20 minutos, olhe por 20 segundos a 6 metros de distância)
Hidratar-se bem e manter uma alimentação rica em ômega-3
Evitar uso de colírios por conta própria
Manter o ar do ambiente umidificado

Julho Turquesa: cuide dos seus olhos com atenção
O Julho Turquesa é uma oportunidade para reforçar a importância de cuidar da saúde ocular, em especial da lubrificação natural dos olhos. O olho seco pode se tornar crônico se não tratado corretamente, causando dor, inflamação e, em casos graves, lesões na córnea.
Se você sofre com olhos secos, ardendo ou cansados, agende uma consulta com um oftalmologista. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível viver com conforto e preservar a saúde da sua visão.
Ver bem é viver melhor. Cuide dos seus olhos todos os dias.