Retinografia
- Dra. Alléxya Affonso
- 1 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: há 5 dias

O que é Retinografia?
A retinografia é um exame que permite visualizar e registrar imagens detalhadas da retina, do nervo óptico e de toda a região conhecida como fundo de olho. As imagens são coloridas e em alta resolução, o que facilita a identificação de alterações estruturais nessas áreas. Por ser realizada com captura de imagens em cores, esse exame também pode ser chamado de retinografia colorida.
O aparelho utilizado para a realização da retinografia é o retinógrafo.
O que é a retina?
A retina é uma camada sensível localizada na parte interna e posterior do olho. Sua função principal é transformar a luz e as imagens que entram pelos olhos em sinais elétricos, que são enviados ao cérebro através do nervo óptico, permitindo a visão.
Como é feito o exame de retinografia?
Durante o exame, são feitas fotografias de alta definição da retina e do nervo óptico. Essas imagens são fundamentais para o diagnóstico de diversas doenças oculares. Além disso, o registro dessas imagens ao longo do tempo permite ao oftalmologista acompanhar a evolução de determinadas condições e avaliar a resposta aos tratamentos indicados.
Hoje em dia, a retinografia digital é a forma mais comum do exame. As imagens são capturadas e armazenadas digitalmente, facilitando comparações entre diferentes momentos do acompanhamento do paciente.
O exame pode ser feito em apenas um olho (retinografia monocular) ou em ambos os olhos (retinografia binocular).
Tipos de retinografia

Retinografia simples (ou retinografia sem contraste)
Esse é o tipo mais comum e rápido do exame. Consiste apenas na captura de imagens da retina e do nervo óptico, sem a necessidade de uso de contraste. Por ser um procedimento simples e sem invasividade, é amplamente utilizado para documentação de alterações e para o acompanhamento de diversas doenças oculares.
Angiografia fluoresceínica (ou angiofluoresceinografia)
A angiografia fluoresceínica é uma variação da retinografia que envolve a aplicação de um contraste à base de fluoresceína. O contraste é injetado em uma veia do braço e, ao circular pelos vasos sanguíneos da retina e da coroide, permite um estudo detalhado da circulação ocular.
Com essa técnica, o médico pode analisar o fluxo sanguíneo da retina, identificar possíveis vazamentos ou obstruções nos vasos e observar alterações no epitélio pigmentado da retina. O exame é seguro na maioria dos casos, já que a fluoresceína é uma substância de baixo risco.
Antes da realização, é necessário dilatar a pupila com colírios específicos. O paciente é posicionado em frente ao equipamento (angiógrafo), que faz as capturas sequenciais das imagens enquanto o contraste percorre os vasos da retina. O exame dura, em média, de 15 a 20 minutos e é indolor.
Como a dilatação das pupilas pode causar embaçamento visual temporário, o ideal é que o paciente vá acompanhado ao exame.
A angiografia pode ser feita em um olho só (monocular) ou nos dois (binocular), conforme a necessidade clínica.
Para que serve a retinografia?
A retinografia é indicada para diagnóstico, monitoramento e acompanhamento de diversas doenças oculares, especialmente aquelas que afetam a retina e o nervo óptico.
Entre as principais indicações estão:
Retinopatia diabética
Glaucoma
Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)
Oclusões vasculares da retina
Alterações do nervo óptico
Distrofias retinianas
Tumores oculares
Dentre essas, a retinopatia diabética merece destaque devido à sua alta prevalência. Por isso, a retinografia é amplamente utilizada tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento e no rastreamento dessa condição.
Importante lembrar que o exame pode ser indicado mesmo na ausência de sintomas visuais, já que muitas doenças da retina, como o próprio glaucoma e a degeneração macular, podem evoluir silenciosamente e causar danos irreversíveis se não diagnosticadas precocemente.
Dependendo da suspeita clínica, o oftalmologista pode solicitar outros exames complementares para uma avaliação mais completa da retina ou de outras estruturas oculares, como:
Campimetria (campo visual)
Fundoscopia
Microscopia especular da córnea
OCT (Tomografia de Coerência Óptica)
Ultrassonografia ocular, entre outros.