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Óculos e crianças

  • Foto do escritor: Dra. Alléxya Affonso
    Dra. Alléxya Affonso
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 1 hora

Óculos para bebês e crianças: quando é necessário?

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Muitos pais se surpreendem ao saber que bebês e crianças pequenas também podem precisar usar óculos. A verdade é que problemas de visão podem surgir nos primeiros anos de vida, e identificar e tratar esses distúrbios precocemente é fundamental para garantir um desenvolvimento saudável.


Você chegou aqui procurando “quando criança precisa usar óculos”, “óculos para bebês” ou “erro de refração infantil”? Este artigo vai esclarecer suas dúvidas com base nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP).


Por que corrigir problemas de visão cedo?


De acordo com a SBOP, defeitos refrativos não corrigidos em crianças podem causar atrasos no desenvolvimento motor, social e cognitivo, além de prejudicar o rendimento escolar no futuro. Felizmente, esses erros (como miopia, hipermetropia e astigmatismo) são de fácil diagnóstico e tratamento — muitas vezes, com o uso correto de óculos.


Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 80% das crianças com baixa acuidade visual escolar poderiam melhorar apenas com o uso de óculos. Por isso, a prescrição correta e precoce é essencial.


Quando bebês e crianças pequenas

devem usar óculos?


A SBOP publicou uma diretriz baseada em estudos internacionais e adaptada à realidade brasileira. Segundo ela, crianças de 0 a 3 anos (pré-verbais) devem usar óculos quando apresentarem certos graus de miopia, hipermetropia, astigmatismo ou anisometropia (diferença significativa de grau entre os olhos). Veja abaixo as recomendações:


Miopia
  • 0 a 1 ano: corrigir a partir de -4,00 graus (D)

  • 1 a 2 anos: a partir de -3,00 D

  • 2 a 3 anos: a partir de -2,50 D


Hipermetropia (sem desvio ocular)
  • 0 a 1 ano: +6,00 D ou mais

  • 1 a 2 anos: +5,00 D ou mais

  • 2 a 3 anos: +5,00 D ou mais (Com possível redução da prescrição final em 1 a 2 graus)


Hipermetropia com estrabismo (desvio ocular)
  • Corrigir mesmo graus baixos: acima de +2,00 D (0 a 2 anos) ou +1,50 D (2 a 3 anos)


Astigmatismo
  • Corrigir a partir de 2,50 D (até 2 anos) e 2,00 D (aos 3 anos)


Anisometropia (graus diferentes entre os olhos)
  • Hipermetrópica: a partir de +2,00 D (até 1 ano) ou +1,50 D (após)

  • Miopica: a partir de -2,50 D em qualquer idade

  • Astigmática: a partir de 2,00 D (0 a 1 ano) ou 1,50 D (1 a 3 anos)


Outros cuidados importantes


Além da correção óptica, a SBOP destaca outras recomendações fundamentais para a saúde visual das crianças:


  • Lentes resistentes e seguras: crianças com apenas um olho funcional devem usar óculos com lentes inquebráveis, como policarbonato.

  • Proteção contra luz UV e telas: o uso de lentes com filtro para luz azul, UVA e UVB é recomendado para proteger os olhos da radiação emitida por telas, iluminação artificial e sol.

  • Ambliopia (olho preguiçoso): afeta 1 a 4% das crianças e deve ser tratada com óculos e tampão ocular (oclusão) até os 10 anos.

  • A partir dos 4 anos: a criança já consegue participar de testes subjetivos para refração mais precisa.


Conclusão: Óculos na infância são ferramenta de prevenção


Nem todo bebê ou criança precisa usar óculos. Mas quando o grau atinge certos limites, a correção é fundamental para garantir o desenvolvimento visual saudável e evitar complicações como ambliopia e dificuldades de aprendizagem.

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